Adidas – A marca que amamos

Atletas no lugar mais alto do pódio. Quebras de recordes. Limites superados. Muitas vitórias e incontáveis títulos. Dificilmente em alguma dessas situações esportivas às singelas “três listras” não estiveram presentes. Nenhuma marca simboliza mais a eficiência e competitividade alemã nos esportes que a Adidas.

 

A HISTÓRIA

As origens da marca datam de 1920 quando Adolph Dassler, filho de um sapateiro, iniciou um modesto negócio na pequena cidade alemã de Herzogenaurach, localizada no coração da Francônia, ao norte de Nuremberg, para produzir calçados esportivos e malas militares e como forma de sustentar sua família. A velha lavanderia de sua mãe foi rapidamente convertida em uma modesta oficina de 18 m². Mas o jovem fanático por esportes precisaria ser muito criativo para trabalhar nos difíceis anos do pós-guerra, sem dispor de máquinas, eletricidade ou materiais adequados. Inicialmente, o negócio era parecido como o de qualquer outro sapateiro, mas ele nunca desistiu de seu sonho e da paixão por desenvolver calçados esportivos duráveis para proteger os atletas de lesões. Nesta época todos os calçados eram de couro e feitos à mão.

Após um período difícil de inflação e desemprego, seu irmão, Rudolf, se juntou ao negócio em 1924. Foi então que os irmãos fundaram no dia 1 de julho a “Gebrüder Dassler Schuhfabrik” (em alemão, Fábrica de Calçados Esportivos dos Irmãos Dassler), inicialmente empregando apenas 12 trabalhadores. Em 1925, Dassler obteve suas primeiras patentes: uma para um calçado de corridas com cravos forjados a mão, e outra para uma chuteira de futebol com travas. Tudo motivado pela ideia que o guiou durante toda sua vida: a de que cada atleta tivesse o calçado adequado para o esporte que praticava, evitando assim lesões e melhorando o desempenho. O sucesso dos modelos serviu de incentivo para Adi Dassler, que logo desenvolveu calçados esportivos específicos para outras modalidades. Em 1927 os irmãos alugaram suas primeiras instalações e rapidamente a produção subiu para 100 pares de calçados por dia.

Quando a Segunda Guerra Mundial começou, Adolf Hitler mandou confiscar a fábrica dos irmãos. Com o país em escombros após o conflito, os irmãos retomaram o controle de seus negócios. Durante este período, eles encontraram enormes dificuldades para manter o negócio em funcionamento. A matéria-prima era escassa e eles tiveram que recolher dos escombros da guerra lona de barracas, couro de luvas de beisebol e borracha utilizadas pelos americanos para poder fabricar seus calçados. Foi neste momento que os irmãos, devido a divergências, especialmente políticas, resolveram seguir caminhos distintos. Rudi fundou a Puma. Adi criou a adidas (escrita com letras minúsculas mesmo) com apenas 47 funcionários. O nome deriva da combinação de “ADI”, apelido de Adolph, e “DAS” iniciais de seu sobrenome Dassler. A partir deste momento os irmãos e as famílias se tornariam, não somente rivais, mas também inimigas.

A busca por uma imagem que chamasse a atenção, para tornar seus calçados mais reconhecidos à distância, culminou com o famoso design das três listras, surgindo assim um dos logotipos mais famosos do mundo.

No início dos anos de 1990, a marca resolveu investir na junção do esporte com o mundo da moda, lançando produtos antigos e clássicos com uma nova interpretação em parceria com estilistas renomados pelo mundo. Até hoje a Adidas se revela como marca esportiva com pegada fashion.

Em 2001 Lançamento da adidas ORIGINALS, uma linha composta por jaquetas, tênis, agasalhos e bolsas, produzida entre as décadas de 1920 e 1980, e relançada com novos desenhos e interpretações, que se tornou carro-chefe da onda retro, e também uma verdadeira mina de ouro para a marca, respondendo por aproximadamente 15% das receitas globais da empresa. São peças decoradas com as indefectíveis três listras e o logotipo em forma de trevo.

Em 2011, a marca inaugurou sua primeira Core Store em São Paulo, no shopping Pátio Higienópolis. O conceito pretendia atingir tanto os consumidores de produtos esportivos, quanto os clientes comuns, que buscam apenas as coleções da marca.

Em 2005 a empresa lança o adidas a1, primeiro tênis inteligente do mundo. Possuía na sola um microprocessador capaz de fazer 5 milhões de cálculos por segundo. O tênis sabia onde pisava: um sensor instalado na parte inferior do calcanhar verificava a inclinação do solo, o tipo de superfície (cimento, madeira, terra ou areia) e enviava esses dados ao chip, que, então, ajustava o amortecimento do tênis de acordo com o impacto. O tênis foi considerado a grande invenção de artigos esportivos da última década.

A inauguração da Mi adidas Innovation Center em 2006, uma espécie de centro tecnológico, localizada na badalada Avenida Champs-Élysées em Paris, colocou novamente a marca no centro dos holofotes.  Lá o consumidor podia fazer o seu próprio tênis, customizado inclusive os pontos principais que tocam o chão de forma específica para cada pé. Com o lançamento de um tênis a prova de cerveja em 2017, a empresa chegou mais perto do consumidor. O produto tem couro resistente à cerveja, água e até vômito, e é uma homenagem às tradições alemãs. O tênis, batizado de “adidas München – Made in Germany”, era uma edição especial para a tradicional Oktoberfest.

A MARCA NO MUNDO

Segundo a consultoria britânica Interbrand, somente a marca adidas está avaliada em US$ 9.216 bilhões, ocupando a posição de número 55 no ranking das marcas mais valiosas do mundo de 2017.

Seus produtos são vendidos em mais de 160 países através de mais de 80 subsidiárias e mais de 2.800 lojas próprias (das quais mais de 900 no conceito de outlet). Além da sede mundial, localizada em Herzogenaurach na Alemanha, onde trabalham aproximadamente 2 mil pessoas, seus dois principais centros de desenvolvimento, localizados em Scheinfeld (perto de Nuremberg, também na Alemanha) e Portland (chamado de adidas VILLAGE) nos Estados Unidos, empregam mais de 3 mil pessoas entre designers, engenheiros mecânicos e físicos. No mundo inteiro, a empresa tem mais de 60 mil funcionários, produz mais de 850 milhões de itens todos os anos e faturou mais de €19 bilhões em 2016. Aproximadamente 67% de seus produtos são produzidos na Ásia (onde concentra 22% da produção na China), 19% na América e 14% na Europa e na África.

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